sexta-feira, 24 de julho de 2015

Grave Encounters (2011)




Confesso que até me surpreendi com esse terror, mais pela segunda metade, que é mais tensa e ágil, do que com a primeira, que é chata e sonolenta.
O mote do filme é interessante, acredito que o roteiro não soube explorar melhor as situações que um hospício poderia proporcionar. Temos excesso de cenas desnecessárias, carência de uma edição mais objetiva no que realmente é relevante para o desenvolvimento do suspense, mas, os diretores conhecidos como The Vicious Brothers são bem fracos, seus outros trabalhos, tanto na direção quanto como roteiristas são de qualidade bem duvidosas .
Todos atores são de segunda linha mas em razão do modo que foram realizadas as tomadas acaba beneficiando quem não é tão qualificado.
Destaque para o médium charlatão, interpretado pelo divertido Mackenzie Gray, que é bem engraçado e dá o contraponto dos demais personagens.
Nota 5,5. Dentro do gênero até pode ser considerado bom. Mas nada demais.
Era isso, vamos para o próximo...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Henry's Crime (2010)




Boa surpresa.
Tramas de golpes, roubos e afins, eu costumo chamar de filme de vagabundo, aonde, na maioria das vezes, acabo torcendo para os bandidos se darem bem.
Aqui a temática por trás do "roubo" é uma peça de teatro que está sendo ensaiada, o que não tira a graça e as cenas cômicas.
O roteiro é bem estruturado, faz rir sem forçar as situações, na realidade, é só uma cortina de fumaça para apresentar o modo como será desenvolvido o "golpe".
O diretor consegue imprimir seu estilo ao deixar as situações acontecerem naturalmente, nota-se pelo modo da narrativa uma liberdade com a ordem que os fatos ocorrem.
No elenco, recheado de gente conhecida, se destaca o veterano James Caan, num primor de atuação, coisa de só quem conhece bem o riscado é capaz de apresentar.
Peter Stormare também merece destaque, está preciso como o diretor russo.
No mais, prepare-se para um Keanu Reeves robótico, mesmo que nesse caso o personagem seja propício para esse tipo de abordagem e uma Vera Farmiga caricata.
Nota 6,5. Vale a pena, se não é genial é no mínimo competente.
Era isso, vamos para o próximo...

domingo, 19 de julho de 2015

I Want Candy (2007)




Comédias em que o objetivo é gravar um filme dentro do filme geralmente rendem boas risadas, momentos engraçados e a diversão é garantida.

Aqui não é diferente, temos dois universitários tentando gravar sua obra-prima, pena que na comparação, fica aquém dos resultados já obtidos em "Saneamento Básico", "Um Show de Vizinha" e "Rebobine, Por Favor"(este, para mim, o melhor de todos).
Todo o elenco está bem, mesmo Carmen Electra, que é conhecida pelos atributos físicos e não dramatúrgicos, que consegue sensualizar na medida certa.
Como disse antes, apesar do roteiro ser bem comum e previsível, é estruturado o bastante para entreter, com pitadas do humor nonsense britânico.
Nota 6,0. Prepare-se para rir, mesmo que depois que acabe você não lembre de mais nada.

Era isso, vamos para o próximo...

Home (2015)




Simpático é a palavra que melhor descreve esse desenho.
Se por um lado é uma história bem batida e previsível, devemos reconhecer que ao menos é precisa ao que se propõe, passar uma mensagem simples e de forma direta às crianças.
O personagem principal, Oh, é o destaque, ao lado do gato. Jim Parsons acerta em cheio ao evitar o exagero nos trejeitos do pequeno alienígena.
A estreia de Rihanna em animações é apenas regular, nada demais, por vezes nem associamos sua figura à personagem, o que nesse caso é estranho, uma vez que o papel foi escrito para ela, porém por conta dela ser cantora, a trilha sonora é bem legal.
Nota 5,5. Só funciona com crianças até 10 anos, acima disso é chatinho.
Era isso, vamos para o próximo...

sábado, 18 de julho de 2015

No Greater Love (2009)




Em tese, todo filme deveria passar uma mensagem, alguns são mais objetivos nesse propósito, outros nem tanto, e talvez esteja aí o que diferencia o comum do espetacular.
Esta produção é voltada a todos os que são tementes à Deus, assim como em Desafio de Gigantes, tudo é feito do modo que o mundo está divido entre os "cristãos" e os "ímpios".
Como comecei a resenha falando a respeito da mensagem, temos um roteiro muito tendencioso, pouco dinâmico e previsível demais. Para mim deu sono. Há excesso de cenas repetidas e diálogos desnecessários.
O elenco é fraco, nenhum dos atores consegue se destacar, é bem terceiro escalão mesmo. Com isso, a direção acaba afundando, pois, não mostra a que veio.
A trilha sonora é bem selecionada, as músicas são pertinentes às cenas e de extremo bom gosto. Lembrando que são todas do estilo gospel.
Nota 4,5. Comum. Funciona só com o público-alvo.
Era isso, vamos para o próximo...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Uivo da Gaita (2013)




Que bomba, mas pelo lado negativo.
Você, que assim como eu, espera que o cinema brasileiro cresça, vai se decepcionar e muito com esse filme, se é que dá para chamar isso de filme.
O roteiro é batido e fraco. Diálogos praticamente não existem nessa trama.
O que mais irrita é o som, uma mistura de barulhos chatos, que em 10 minutos já te tiram a paciência, imagina aguentar isso por 1 hora.
Ritmo muito lento, o diretor acaba desperdiçando o trio de atores ao soltá-los em cenas perdidas, nem o romance empolga.
Nota 1,0. Esquecível ao extremo.
Era isso, vamos para o próximo...

terça-feira, 14 de julho de 2015

127 Horas (2010)




Claustrofóbico, essa é a palavra que melhor define a experiência de assistir à 127 Horas.
Danny Boyle, renomado diretor, acerta mais uma vez, ao conseguir extrair a melhor interpretação de James Franco, que apesar de queridinho dos estúdios, nunca passou de uma ator apenas médio, seu outro acerto é adaptação do roteiro, que não tem enrolações ou cenas muito longas e desnecessárias, elementos cruciais para o sucesso do filme.
Franco, até pela natureza da história, leva o filme nas costas, não deixa ninguém se distrair um minuto sequer. Dificilmente teremos outro lampejo de atuação nesse nível.
A maquiagem e efeitos visuais são muito realistas, impressionam sem querer chocar, tudo é conduzido de forma a criar empatia com o protagonista.
A trilha sonora é outro acerto, diversos estilos musicais desfilam ao longo da trama de forma pertinente, impossível passar batido.
Apesar de ter sido indicado ao Oscar, acabou de mãos vazias, uma pena, pois tudo funciona de forma harmônica e na medida certa.
Nota 8,5. Prepare-se para se emocionar.
Era isso, vamos para o próximo...

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Vendedor de Passados (2015)



Alguns títulos nacionais não recebem a atenção devida dos grandes veículos de mídia, acabam passando "despercebidos" pelo grande público por conta disso.
O Vendedor de Passados é um bom filme, tem um roteiro bem escrito e estruturado, que tem seu maior pecado na falta de recursos. Se tivesse sido feito no mercado americano, seria com certeza absoluta muito mais festejado.
Lázaro Ramos, mais uma vez, se destaca no papel de Vicente, o "vendedor" do título. Já Alinne Moraes entrega sua melhor atuação em um filme até aqui, está muito bem.
Da forma que foi montado, o suspense é revelado em pequenas doses, a mão do diretor é notada a todo momento, consegue fazer bastante com pouco dinheiro.
É uma produção média, com um mote bem explorado e algumas reviravoltas bem feitas. Que sirva de "padrão" para os demais filmes nacionais, onde se sabe que não há um investimento tão grande quanto deveria.
Nota 7,0. Entrega bem mais que promete e de quebra é brazuka!
Era isso, vamos para o próximo...

Stung (2015)




Não é de hoje que assisto a todos os tipos de gêneros, mas, na grande maioria dos casos, quando trata-se de terror eu já fico com o pé atrás. Geralmente são filmes fracos, roteiros batidos e dignos de risadas.
Eis que a indústria notou que era melhor construir situações e histórias absurdas que chamamos de "colossos", funcionam melhor e tem maior receptividade do público.
Stung é um colosso em sua essência, trata de vespas mortais e "gigantes", sim, isso é possível, ao menos na cabeça doentia de Adam Aresty.
Para um primeiro roteiro, Adam começa muito bem. São 90 minutos de muita ação e diversão por conta de um roteiro sem nenhum sentido.
O diretor, apesar de ser novato, sabe exatamente o que fazer para "estragar" cena após cena da película, o que nesse caso é fundamental. Diverte e não enjoa os espectadores.
Como todo colosso, temos um elenco canastrão, onde desfilam personagens caricatos e esquisitos, ninguém é bom o bastante para se destacar e merecer uma citação.
A maquiagem e efeitos visuais são toscos e o "sangue" espirra para todos os lados.
Nota 4,5. Poderia ser melhor? Com certeza, mas não decepciona quem gosta de colosso.
Era isso, vamos para o próximo...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Ask Me Anything (2014)




Nova queridinha dos gringos, Britt Robertson tem se destacado pela extensa carreira aos 25 anos com alguns trabalhos bem interessantes.
Aqui, ela protagoniza uma adolescente cercada de dúvidas, até aí normal, mas sua atuação foge da forma caricata que em geral acompanha esse tipo de papel. Pontos para ela.
O diretor Allison Burnett, apesar de inexperiente na condução (até então mais conhecido por seus roteiros), acerta em cheio ao "espalhar" pelo filme alguns enquadramentos de filmagem que lembram o estilo dos anos 80.
O elenco de apoio é muito bom e garante o alto astral que cerca toda a trama.
Dizer que é um filme excelente ou muito bom seria um exagero, oscila entre o médio e o bom. A trilha sonora é bem fraquinha, não se destaca em momento algum.
O ponto alto é o final, e não estou sendo irônico, encerrando o filme de forma bem interessante.
Nota 6,5. Supera as expectativas de quem espera mais um filme chato de adolescentes.
Era isso, vamos para o próximo...

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ponte Aérea (2015)




Dando sequência aos filmes nacionais, podemos perceber que há alguns títulos bem interessantes sendo produzidos, caso desse Ponte Aérea.
Um romance, que se não é arrasa quarteirão, é bem competente e agradável.
Caio Blat está ótimo em cena e faz par romântico com a belíssima Letícia Colin.
O filme só não consegue ser melhor por conta da fraca atuação da moça, que não está pronta para ser protagonista e não transmite emoção alguma, muito menos na intensidade de que a película necessitava.
Julia Rezende é uma jovem diretora, seus trabalhos anteriores são voltados para a comédia, mas tem um bom desempenho, conduz a história de forma suave, não temos cenas desnecessárias ou com excessos.
A trilha sonora é bacana, aparece nos momentos certos para complementar os acontecimentos.
De resto, se não é um filme ambicioso, é um bom passatempo.
Nota 6,5. Bacana como todos romances deveriam tentar ser.
Era isso, vamos para o próximo...

Poltergeist (2015)




Começo essa resenha nem querendo escrevê-la, é uma lástima existir esse tipo de filme sendo feito hoje em dia. Se geralmente os remakes são inferiores aos originais, Poltergeist é uma desconstrução cena à cena de tudo de grandioso feito naquela época.
O problema não é o elenco, que se esforça, mesmo sendo fraco. Tampouco são os efeitos visuais ou a trilha sonora que tentam "dar um clima", não, o problema não é esse...
Infelizmente, o problema é roteiro. Se queriam proporcionar efeitos que no passado não seriam possíveis de serem feitos, deveriam ter seguido o filme original. O que acontece é que conseguiram estragar tudo, as cenas pouco assustam, não há tensão e o mote principal é revelado com poucos minutos de filme, o que tira toda a graça que havia em 1982.
Outra coisa que erraram feio foi a substituição do personagem de Zelda Rubinstein que fazia a médium por Jared Harris, que tira o "peso e relevância" da personagem.
Nada nesse filme está a altura do seu predecessor, e se avaliarmos sem comparar, é um filme fraco, chatinho e sem graça alguma.
Nota 2,5. É ruim ao natural, pior ainda se lembrar que é remake.
Era isso, vamos para o próximo...

terça-feira, 7 de julho de 2015

50/50 (2011)




Dramédias são filmes que tem um tema sério, com algumas pitadas de humor para aliviar a tensão e agradar ao grande público.
Nesse caso aqui, o problema mesmo nem é o roteiro, que por sinal é muito bem escrito, cada personagem é construído com muita consistência.
O tema é bem explorado, não carrega muito no drama e nem na breguice.
É tudo muito bem dosado.
A trilha sonora oscila, algumas canções não fazem tanto sentido quanto deveriam, principalmente na hora que toca "To Love Somebody" do Bee Gees. Mas é uma boa pedida.
O ponto negativo fica por conta da dupla de protagonistas, que estão muito abaixo do que o filme necessitava. Do Seth Rogen nem chegou a me causar estranheza, uma vez que é limitado e sempre interpreta o mesmo personagem. Recurso dramático beirando o ridículo.
A surpresa negativa ficou por conta de Joseph Gordon Levitt, que se não é o melhor ator de sua geração está longe de ser mediano. Mas é o que ele nos entrega aqui, uma atuação fraca que não dá a veracidade que a trama pedia.
O resultado dessa soma é um filme bom, que poderia facilmente fazer sombra aos clássicos do gênero, filmes do nível de Laços de Ternura, Lado a Lado, Minha Vida, entre outros.
O destaque do elenco fica por conta dos excepcionais Philip Baker Hall e Anjelica Houston, que com pouco tempo em tela passam muita emoção.
Nota 6,0. Prepare-se para chorar, pero no mucho.
Era isso, vamos para o próximo...

Terminator Genisys (2015)




Ao contrário da minha última resenha, aquela dos dinossauros, esta franquia, a do Exterminador, conta com os 2 primeiros filmes sensacionais, mas que se perdeu depois disso por conta das continuações caça-niqueis.
Ao longo de cada título que foi sendo lançado, a história ficou batida, as situações foram perdendo a graça, se repetindo e não havia nada de realmente novo.
Gênesis reconta pela milésima vez a luta das máquinas contra os humanos, dá pequenos retoques à história original, mas para mim continua o mesmo questionamento: precisava de mais uma continuação?
Os pontos positivos são a ação desenfreada e a participação de Scharza, dando show.
Começa com a briga dos T-800, que é o ponto alto da película, algo perto do sensacional, e cena após cena, Arnold Schwarzenegger destrói tudo, no bom sentido.
Em compensação, Emilia Clarke nos presenteia com uma atuação enfadonha, insossa e sonolenta. Disparado o ponto mais negativo. Não há como esquecer Linda Hamilton...
Seguida de perto, temos Jason Clarke, num papel que se estragou/desgastou com o tempo, e mesmo sendo um ator competente, não consegue salvar a plateia dos bocejos.
O elenco no geral é mal conduzido, muito por conta do ritmo acelerado imposto às cenas.
Ao final do filme, me restou o sentimento que vem despertando após cada remake, reboot e sequencias afins: está faltando criatividade aos grandes estúdios, que não conseguem "criar" e nem "inovar" em nada e continuam apelando para o que já foi consagrado com uma demão de tinta para ver se enganam os bobos.
Nota 6,5. É o melhor da franquia desde o Julgamento Final, não que isso tenha me satisfeito ou que sirva de consolo.
Era isso, vamos para o próximo...

O Lobo Atrás da Porta (2013)




O cinema brasileiro teve uma grande safra desde o lançamento de Cidade de Deus, houve um investimento significativo e graças à isso, temos bons títulos que merecem ser vistos.
É o caso de "O Lobo Atrás da Porta", um filme baseado em fatos reais, muito bem escrito e dirigido pelo Fernando Coimbra que estreia de forma extraordinária na direção de longas.
Não é de hoje que Milhem Cortaz se mostra um ótimo ator. Sua filmografia demonstra personagens diferentes com interpretações criativas e compatíveis para cada papel. Talvez isso explique por que até hoje a Globo não o contratou, pois, acabaria humilhando o bando de pseudo-atores/galãs que a Plin-Plin conta atualmente.
Leandra Leal também está muito bem, sua atuação é fria, causa arrepios e revolta, o que neste caso é excelente, pois é esse o objetivo.
O resto do elenco não compromete.  A ambientação está compatível para a época que o filme retrata, não prejudica a narrativa.
Em termos técnicos, não fica devendo em nada aos filmes gringos.
Nota 7,5. Bem feito, mas esbarra na história em si que é muito pobre e triste.
Era isso, vamos para o próximo...




quinta-feira, 2 de julho de 2015

Jurassic World (2015)




Da até então trilogia Jurassic Park, só havia gostado do primeiro filme, os demais achei muito aquém do mínimo esperado para uma sequência.
Continuações deveriam contemplar fatos que não deram "tempo" de serem contados no original, por qualquer motivo que tenha sido. Na prática não é o que acontece, na grande maioria dos casos é só para caçar-níquel mesmo.
E mais uma vez, é o que acontece neste 4º filme.
Podem me crucificar, mas essa é a mais pura realidade.
Em momento algum há uma inovação, uma ideia mirabolante, tampouco um rompante de genialidade. O roteiro é bem estruturado mas longe de ser algo diferente do que já foi escrito e visto antes, temos bastante efeitos especiais que apoiam e dão veracidade à trama.
Nesse aspecto, toda a parte técnica da película é extremamente impecável, desde ambientação, figurino, maquiagem, efeitos sonoros e visuais.
O elenco é apenas regular, não há um destaque.
Chris Pratt, que brilhou em Guardiões da Galáxia, parece repetir o mesmo personagem, o que apaga sua atuação.
Nota 6,0. Prepare-se para mais do mesmo, só que com efeitos melhores.
Era isso, vamos para o próximo...